A 16ª edição do Mesa Inovadora, evento realizado pelo Instituto Kapok, no dia 29/6, reuniu um público interessado na questão “as novas tecnologias irão acabar ou não com área jurídica?”
O advogado tributarista e sócio-presidente de Brasil Salomão e Matthes Advocacia, Marcelo Viana Salomão, foi um dos palestrantes da 16ª edição do Mesa Inovadora, realizado pelo Instituto Kapok Inovação Corporativa. O encontro discutiu como as inovações tecnológicas vêm diminuindo a lentidão de processos e facilitando a atuação dos advogados e juízes, abordando as plataformas digitais, Inteligência Artificial (IA), Internet das Coisas (IOT), Blockchain (sistema que permite rastrear o envio e recebimento de alguns tipos de informação pela internet) e processos virtuais. Participaram também da discussão o juiz titular da Vara do Trabalho -TRT 15ª Região, Henrique Macedo Hinz e a advogada Paula Figueiredo, founder do The Legals e presidente e fundadora da Comissão de Direito para Startups da OAB/MG.
Marcelo Viana Salomão, que é professor e mestre em Direito Tributário, fez uma análise do impacto da tecnologia no campo jurídico, mais diretamente na advocacia. “A tecnologia vai acabar com a advocacia? De forma alguma. A inovação agrega valor à advocacia, tornando-a mais eficiente e ajudando, inclusive, a reduzir alguns custos. Com o RPA, por exemplo, temos informações seguras que melhoram a eficiência, reduzindo erros e gerando grande de tempo na realização e entrega do trabalho. Tudo isso faz muito sentido para qualquer empresa, como para qualquer escritório”, disse. Segundo o advogado, a proposta hoje das bancas jurídicas é viabilizar a tecnologia. “O olhar da tecnologia agrega valor à advocacia e permite que o advogado seja advogado. Advocacia é estratégia, empatia, confiança, é a percepção de dados sensíveis e isso só os humanos têm. Terá sempre um ótimo advogado no comando dos benefícios da tecnologia”, destacou.
Salomão também mostrou como será o advogado do futuro, na sua visão. Para ele, esse profissional deve ter um conhecimento geral, além da sua área de atuação. “Deve mesclar conhecimentos de área técnica, com economia, marketing, ciência do mercado de seus clientes, e por fim, muito em tecnologia”, concluiu.
A advogada Paula Figueiredo defendeu a opinião de Marcelo Salomão e ainda fez um apelo ao Judiciário: “que tenhamos cada vez mais, em larga escala, a utilização de tecnologia na comunidade jurídica”.
O juiz Henrique Macedo Hinz, que atua há 22 anos na Magistratura fez também uma observação: a importância do conhecimento em atualidades. “Não só no aspecto histórico, mas também cultural. Precisamos, além da formação sólida do Direito, uma sensibilidade para entender a nova realidade que a gente vive”.
A 16ª edição do Mesa Inovadora teve o objetivo de aproximar os assuntos sobre inovação em vários aspectos e temas relevantes. O link do encontro está disponível no canal do Youtube do Instituto Kapok de Inovação Corporativa: https://www.youtube.com/watch?v=-sbPNN4N-fc